A advogada da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar, Kátia Nunes, negou, na tarde desta quinta-feira (28), a participação de dois policiais militares em um crime de extorsão ocorrido no final da manhã de hoje. Os suspeitos foram detidos por policiais do Batalhão de Choque e da Rocam no banco Santander da Cidade Alta acusados de extorquir um comerciante.
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"Eles foram à loja, efetuaram uma compra, pagaram com dinheiro e foram embora. Pelo fato de o estabelecimento não ter disponibilizado nota fiscal dos produtos, eles relacionaram os itens adquiridos para cobrar, posteriormente, o comprovante", disse a advogada, afirmando que nem mesmo o comerciante acusa os dois de adquirirem as mercadorias de forma ilícita.Segundo ela, os homens saíram da loja e em seguida foram abordados por policiais do Batalhão de Choque e da Rocam, que realizaram a aproximação após o recebimento de denúncias, mas não encontraram nada além dos produtos adquiridos momentos antes.
"Depois veio a versão de que uma terceira pessoa teria levado o filho da vítima ao banco, para tirar um dinheiro. Então é importante que estas imagens sejam disponibilizadas para que possamos identificar essa terceira pessoa", disse.Para a advogada, a investigação tem "obrigação de evoluir", para que possa ser esclarecido o envolvimento dos policiais e para que o comerciante cumpra a dever dele, que é disponibilizar nota fiscal aos seus clientes.
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Delegado vai autuar policiais suspeitos de extorsão
O delegado Matias Laurentino confirmou, na noite desta quinta-feira (29), que vai autuar por extorsão os policiais militares Sildaire Gregório da Silva e Erivan Félix de Lima. Suspeitos de cobrar indevidamente uma quantia de R$ 5 mil de um comerciante, os dois prestam depoimento neste momento e em seguida serão encaminhados ao comando geral da Polícia Militar.De acordo com as autoridades, os policiais, um lotado no 4º Batalhão e outro no município de Macau, estavam à paisana e teriam se apresentaram como agentes da polícia civil e federal, exigindo pagamento para liberar as mercadorias do proprietário de uma loja localizada na rua Jerônimo Câmara, bairro de Lagoa Seca. "Eles pediram notas fiscais dos produtos e, mesmo contatando que a documentação estava em ordem, levaram o empresário ao banco Santander, na avenida Rio Branco, para que este sacasse o dinheiro", disse o comandante do BPChoque, Silva Júnior.Os policiais militares foram detidos na tarde de hoje por homens do Batalhão de Choque e da Rocam. Com eles foram encontrados ainda cerca de mil reais em produtos sem nota fiscal, entre relógios, calças e camisas.
De acordo com informações do delegado Matias Laurentino, outras duas pessoas estariam envolvidas no crime, entre elas, outro policial, que deve prestar depoimento nesta sexta-feira (30).
TRIBUNA DO NORTE
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