
Os dois acusados são Wildenberg Fernandes de Oliveira e Evaristo Mesquita de Figueiredo. Os homens permanecem foragidos após expedições de mandados de prisão preventiva. O julgamento, portanto, será realizado à revelia por homicídio qualificado e a pena a ser definida pelo juiz do Tribunal do Júri pode chegar a 30 anos de prisão.
O médico Gentil Oliveira era o vice-presidente do diretório municipal do PMDB em Alexandria quando foi assassinado em maio de 1989. Tinha destaque na sua atuação como médico e foi diretor do hospital da cidade, o Joaquina Queiroz. Gentil havia se candidatado a prefeito, mas perdeu a eleição.
De acordo com a família, Gentil possuía grande influência na cidade. "Ele era uma pessoa que se sobressaiu e tinha grande representação na cidade. Todos lamentaram a sua morte", relembrou a filha, Teresa Raquel.
No dia 25 de maio de 1989, o médico Gentil Oliveira foi alvo de uma emboscada que resultou na sua morte. Ele estava na casa de um amigo, quando dois homens invadiram o local e dispararam 12 vezes contra a vítima. Oito disparos atingiram Gentil, que foi socorrido a tempo de ser levado para o hospital.
Os homens eram seus primos: Wildenberg Fernandes de Oliveira e Evaristo Mesquita de Figueiredo. Imagina-se que a motivação tenha sido disputas políticas, já que Gentil não apoiou Evaristo, quando este concorreu ao cargo de vereador em Alexandria.
A vítima foi transferida para o hospital em Pau dos Ferros e posteriormente para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital Walfredo Gurgel, em Natal. No dia 28, Gentil teve complicações renais que forçaram a sua transferência para Recife. No mesmo dia, não resistiu à gravidade dos problemas causados pelos disparos que o atingiram e morreu aos 45 anos.
O seu sepultamento em Alexandria mobilizou cerca de 10 mil pessoas, como informado pela edição da TRIBUNA DO NORTE na oportunidade. O atendimento médico à população teve que ser reforçado devido às crises nervosas constatadas. Estima-se que mais de 300 pessoas foram atendidas e medicadas em razão da emoção pela morte do médico.
O sepultamento foi acompanhado de perto pelo então governador do Estado, Geraldo Melo, e por políticos como Garibaldi Filho.
O deputado Henrique Alves cobrou justiça para o caso. "É uma morte que empobrece o RN. Gentil atendia com dedicação e amor aos mais carentes e também realizava um eficiente trabalho político".
INTER TV
Nenhum comentário :
Postar um comentário