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sábado, 24 de dezembro de 2011

JUSTIÇA CONCEDE LIBERDADE A PREFEITO E VEREADORES ENVOLVIDOS NO MENSALÃO DA VILA

prefeito de Vila Flor Grinaldo Joaquim de Souza
Todos as nove pessoas presas em virtude da "Operação Mensalão da Vila", do Ministério Público Estadual, ganharam o direito de liberdade na tarde desta sexta-feira (23). O prefeito, seis vereadores, um secretário e um ex-secretário do município de Vila Flor, a cerca de 80 quilômetros da capital, foram libertados após decisão do desembargador Dilermando Mota, do Tribunal de Justiça do Estado. Eles estavam presos desde a segunda-feira passada, quando foram surpreendido por denúncias de um suposto esquema de corrupção na cidade. De todos, apenas um teve a prisão revogada: o vereador Ailton Passos de Medeiros. O restante viu a prisão ser convertida em pena restritiva de direitos.

Isso significa dizer que apenas Ailton poderá retomar imediatamente o cargo de vereador em Vila Flor. O restante permanece afastado dos cargos conquistados. Para o advogado Hugo Holanda, representante judicial de Ailton Passos, o Ministério Público não provou o envolvimento do seu cliente com o suposto esquema de corrupção. "O Ailton não aparece em nenhuma gravação, sequer é citado. Mas foi preso por ser dono do único posto de combustível da cidade", esclareceu.

Para a advogada Verônica Rodrigues, que representa o restante dos envolvidos que estavam presos, a decisão do desembargador já era esperada.

Na quinta-feira passada, o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia à Justiça contra 11 pessoas supostamente envolvidas com os crimes de corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha em Vila Flor.

Dentre os acusados estão o prefeito Grinaldo Joaquim de Souza; Antônio Ivanaldo de Oliveira, irmão de Grinaldo; João Felipe de Oliveira Neto, secretário municipal de Obras de Vila Flor e os vereadores Pedro Francisco da Silva, Irinaldo da Silva, Ronildo Luiz da Silva, Sandro Márcio da Silva, Hilton Felipe de Oliveira, Ailton Passos de Medeiros, Vidalmir Santos Brito e Magno Douglas Pontes de Oliveira.

De acordo com a denúncia oferecida à Justiça na quinta-feira passada, o vereador Floriano Felinto retornaria aos quadros do município na função de professor, caso aceitasse a oferta de renunciar ao cargo de vereador para que o irmão de Grinaldo pudesse assumir o cargo. Além disso, receberia cerca de R$ 3 mil mensais em salários como secretário de Meio Ambiente e professor.

O Ministério Público identificou, ainda, que os vereadores já haviam iniciado as negociações em relação ao financiamento da campanha eleitoral de 2012, além de ter confirmado a compra de votos em troca de botijões de gás. Baseado nas provas colhidas através dos documentos apreendidos durante a Operação Mensalão da Vila, o procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, solicitou à Justiça o afastamento da função pública do prefeito, dos vereadores e do secretário municipal de obras.

Operação Mensalão da Vila

As investigações foram iniciadas em julho a partir de informações do vereador de oposição, o democrata Floriano Felinto, além de João Maria Marques da Silva. O Ministério Público Estadual apurou o suposto pagamento de vantagens ilícitas aos membros da Câmara Municipal de Vila Flor. Tudo seria orquestrado pelo prefeito Grinaldo Joaquim de Souza, sob a intermediação do ex-secretário de Administração Municipal, Antônio Ivanaldo de Oliveira. De acordo com o relato de Floriano Felinto e João Maria Marques da Silva, o pagamento das benesses que giravam em torno de R$ 500, era feito na própria residência do prefeito. Esporadicamente, Grinaldo também destinava R$ 1 mil para "quebrar o galho" daqueles que lhe apoiavam.

TRIBUNA DO NORTE

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