Apesar da polêmica, modelo ainda quer voltar para o reality show
As advogadas do ex-BBB Daniel Echaniz, 31 anos, Adiléia Triane e Luciana Egito entregaram no início da noite deste sábado (21) o passaporte do modelo à polícia. O comprovante de residência dele também foi anexado ao processo. Elas chegaram à Delegacia da Taquara (32ª DP) por volta das 17h e informaram que Daniel reagiu bem à notícia de que teria o passaporte apreendido. Segundo Adiléia Triane, o ex-BBB já não tinha a intenção de deixar o Rio de Janeiro. Daniel foi expulso do Big Brother Brasil 12 na última segunda-feira (16) por suspeita de abuso sexual contra a estudante Monique Amin.
Calcinha, cueca e edredon são enviados à perícia
- Na verdade, ele recebeu com tranqüilidade (a notícia de que teria que entregar o passaporte). Ele não tinha a menor intenção de sair do país nem daqui (do Rio de Janeiro). Na verdade, antes da decisão de entregar o passaporte, ele disse para a gente que ele está aqui e está feliz porque está perto da família dele. Mesmo que ele não tenha contato com todo mundo, ele está perto da família e isso dá segurança. Ele não tem intenção de sair do Rio.
O Ministério Público pediu à Justiça que o passaporte dele fosse apreendido para evitar que o modelo saia do país e atrapalhe as investigações do caso.
As advogadas Adiléia Triane e Luciana Egito também receberam uma intimação por ele, graças a uma procuração específica para este tipo de caso. Com isso, o modelo não vai mais precisar ir à delegacia para ter ciência do teor das investigações. A defesa do ex-BBB ainda não conseguiu ter acesso ao inquérito. A polícia informou que o material foi remetido ao fórum e não estava na delegacia.
De acordo com as advogadas, Daniel ainda não perdeu as esperanças de entrar novamente na casa do BBB. Tanto que elas entregaram neste sábado a advogados da TV Globo um ofício pedindo o retorno do modelo ao reality show.
O ex-participante do Big Brother Brasil 12 está hospedado em um hotel na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. A advogada Luciana Egito contou que ele tem evitado sair, mas que tem recebido muitas mensagens de apoio do público.
Em entrevista coletiva na quinta-feira (19), os advogados do ex-BBB criticaram a decisão da Rede Globo de expulsar Daniel e disseram considerar a medida "precipitada e injusta". O advogado Wilson Mathias negou que a conduta de Daniel tenha sido inadequada, justificativa apresentada pela emissora para a expulsão. Apesar das críticas, o advogado afirmou que o ex-BBB recebe apoio da emissora.
Aos defensores, ele contou ter sido procurado na manhã desta quinta-feira por advogados da emissora para assinar um documento em que o autoriza a falar. A defesa, no entanto, reclama que não recebeu esse documento de forma oficial e que, por precaução, Daniel não compareceu à coletiva de quinta. Os advogados também dizem não ter tido acesso aos contratos assinados por Daniel para participar do BBB, tanto o principal como o assinado após a expulsão.
Na opinião de Mathias, Boninho, que é responsável pela atração, tomou a decisão de expulsar Daniel pressionado pela opinião pública.
- Boninho agiu pressionado pela opinião pública, o que é normal. Só não vou achar normal se ele não reconsiderar a decisão.
Para a defesa do ex-brother, o vídeo de sete minutos que circulou pela internet é tendencioso, pois mostra apenas o momento em que Monique parece estar adormecida, enquanto Daniel a acaricia e faz movimentos com o quadril. Os advogados lembraram que as imagens mostram que Monique foi para a cama “por livre e espontânea vontade” e que chamou o modelo para se deitar com ela.
- Dava a entender que ela não sabia o que estava acontecendo. Oficialmente, ela disse que queria e tinha vontade, tanto de fazer, quanto de receber carícias.
Os advogados criticaram ainda a interpretação do delegado que preside o inquérito aberto na Delegacia da Taquara (32ª DP), que investiga Daniel por estupro de vulnerável. Para Wilson Mathias, a tese não tem fundamento porque, segundo o Código Penal, só pode ser aplicada nos casos em que a vítima está inconsciente (por embriaguez ou sono profundo) antes mesmo de as carícias começarem. Para os advogados, não foi o que aconteceu entre Monique e Daniel.
- Digamos que, em um dado momento, ela apagou e ele continuou a praticar carícias. Ela está lá ativamente e passivamente, com vontade e consciência. Chega em um determinado estágio em que ela dorme e ele continua. Estupro de vulnerável só ocorre quando há dolo [intenção], como o padrasto que espera a enteada dormir profundamente e dá início aos atos libidinosos (...) Qualquer um de nós, casado, namorado ou noivo, pode iniciar uma carícia e por motivo alheio o parceiro meio que adormeceu. Ainda mais se estiver escuro, depois de uma festa que você bebeu, [isso pode acontecer] e você nem perceber.
R7.COM
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