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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CASO ELOÁ ADVOGADA DE LINDEMBERG MANDA JUÍZA VOLTAR A ESTUDAR

Promotora ameaça processar advogada por desacato
No interrogatário da perita Dairse Aparecida Pereira Lopes, no segundo dia de julgamento do caso Eloá, nesta terça-feira, a promotora Daniela Hashimoto ameaçou processar por desacato a advogada do acusado, Lindemberg Alves, Ana Lúcia Assad. A defensora sugeriu em plena sessão que a juíza deveria voltar a estudar.

Os ânimos se exaltaram durante uma discussão técnica. A defesa questionava insistentemente a diferença do número do registro da arma usada por Lindemberg, um revólver calibre 32, em documentos do processo. Aos que assistiam à cena a impressão é que a estratégia era desqualificar a documentação.

Na fala da Promotoria, a defesa começou a interferir. A juíza, então, fez um alerta. Disse a Ana Lúcia que ela já tinha tido a vez dela de fazer perguntas e que poderia voltar a se manifestar depois. A advogada alegou que estava defendendo o "princípio da verdade real" (termo jurídico segundo o qual se pode deixar questões formais de lado para mostrar ao júri fatos considerados esclarecedores). A juíza reagiu. "O conceito não é exatamente esse", disse a magistrada. "Então a senhora tem que voltar a estudar", respondeu a advogada.

Um intenso burburinho na plateia foi ouvido. Antes mesmo que a juíza esboçasse qualquer reação, a promotora se antecipou e ameaçou processar a defensora de Lindemberg: "Quero alertá-la que, dentro do tribunal, a senhora pode ser responsabilizada por atitude de desacato. E, no meu entendimento, o que aconteceu aqui foi um desacato".

Apesar da confusão, o depoimento continuou. "A juíza está sendo tolerante com as atitudes da advogada porque compreende que é difícil defender o indefensável e porque ela quer que o júri seja concluído", avaliou o advogado José Beraldo, assistente da acusação.


Com informações de;Cida Alves e Carolina Freitas

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