Estiagem, aumento nos custos dos insumos e, principalmente, atrasos nos repasses do Programa do Leite, do governo estadual, fizeram a bovinocultura leiteira do Rio Grande do Norte brecar qualquer possibilidade de avanço. Nos últimos três anos, os produtores de leite amargaram perdas de 40% na produção, que girava em torno de 229,4 milhões de litros de leite por ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2010.
Declínio.
A situação da bovinocultura leiteira potiguar começou a desaceleração nos últimos dois anos. O rigoroso período de estiagem atravessado no ano de 2010 fez muitos produtores abandonar a atividade. Nem mesmo com o inverno do ano seguinte foi capaz de dar fôlego para o setor se recuperar. Somados às intempéries do clima, os atrasos no repasse dos recursos do programa do leite, que começaram no fim do governo anterior e persistiu até março deste ano, deixando a bacia leiteira potiguar sem capital de giro. Os repasses só foram regularizados neste mês, segundo o presidente da Faern, José Álvares Vieira. “Como se não bastassem tantos atrasos, estamos atravessando uma das piores secas da história”, acrescenta. Toda essa situação posiciona o Rio Grande do Norte nos últimos lugares no ranking de desenvolvimento da pecuária leiteira no Brasil, respondendo por apenas 0,2% da produação nacional de leite.
O estado está longe de ser autossuficiente na produção de carne e leite, ao contrário, é importador desse último produto. "Faltam projetos de desenvolvimento da atividade leiteira no RN, além de uma articulação e prioridade para o setor agropecuário, que reúne vários itens da pauta de exportação potiguar".
Sebrae
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