Fotos: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Frases como “o dinheiro transforma as pessoas em monstros” dão uma noção aproximada do impacto do crime ocorrido em novembro de 2011 na Rua José Alvarenga, no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ao descobrirem, esta semana, que a moradora que vivia há mais de 50 anos na rua, Maria Selma dos Santos, de 70 anos, seria a mandante da morte do próprio filho, José Fernandes dos Santos, não conseguem esconder a indignação. Procurados pelo G1 na tarde desta quarta-feira (23), eles comentaram o episódio e a descreveram como educada e reservada, mas não quiseram se identificar. Maria Selma foi presa na terça-feira (22). Ela pagou R$ 20 mil para que um assassino cometesse o crime. De acordo com as investigações, ela queria administrar os bens da família, entre eles vários imóveis, que estavam nas mãos de José Fernandes.
Maria Sema, a empregada doméstica Maria José da Silva e Isaac Paulo de Moraes, um dos suspeitos de executar o assassinato, estão presos temporariamente, por 30 dias, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Todos vão responder por homicídio duplamente qualificado. Selma é descrita como uma pessoa discreta, que vivia recolhida na casa ampla, com fachada de pedra, que atualmente é guardada por um segurança. Ela era tida por alguns vizinhos como uma pessoa educada, que cumprimentava todos na rua e até perguntava se alguém queria algo do mercado. Mas para outros, era distante, dirigia o próprio carro e não cumprimentava ninguém. “Ela era reservada. Não cumprimentava, mas também não era ruim. Era uma pessoa comum. A gente fica chocado quando sabe de um crime assim”, disse um funcionário do Instituto Marcos Freitas, em Caxias, que há dez anos trabalha no local. Procurado pelo G1, o advogado de Selma, Thiago Lins e Silva, não foi encontrado no escritório para dar a versão de sua cliente sobre o caso.
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Domestica Maria José da Silva 42 anos confessou sua participação no assassinato |
Testemunhas com mesmo advogado De acordo com as investigações, José Fernandes saía de casa em um carro, quando deixou o automóvel para fechar a porta da residência. Neste momento, dois homens em uma moto o cercaram e dispararam contra ele. Quatro tiros atingiram José, que morreu na hora. Isaac teria cometido o crime com outro suspeito, que ainda é procurado pela polícia. “Continuamos com a investigação em andamento para localizar o segundo atirador”, disse o delegado. Os investigadores desconfiaram da idosa depois que várias testemunhas do caso prestaram depoimento acompanhados de um mesmo advogado.
G1
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